sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A FILOSOFIA E O AMOR

Assim como Hegel compara a filosofia à coruja de Minerva, comparo as grandes histórias de amor à sua compreensão de filosofia. Talvez a comparação fique um pouco empobrecida ou o leitor possa achar piegas, mas sigo determinada neste assunto que, por hora, ronda meus pensamentos e apreende meus sentidos.


Durante uma conversa de bar com algumas amigas, claro, só no bar temos essas conversas, percebi uma ansiedade pairando no ar. Todas querendo encontrar o “grande amor” de suas vidas e todas bastante determinadas. Mas como saber se estamos entrando numa história de amor quando ela mesma nem começou? Assim como Hegel que constrói uma metáfora para dizer que “vivemos pra frente, mas compreendemos pra trás” em relação à história e a filosofia, posso dizer que, em se tratando de relacionamentos, não somos diferentes.


Para se viver um grande amor, sem plagiar Vinícius de Moraes, é preciso estar distraído. É preciso estar de bem com a vida e seguro dentro do que é seu. E um dia, quem sabe, de tanto olharmos para dentro de nós mesmos, tropecemos naquela pessoa que nos fará alçar vôos sem sair do chão, e quando olharmos pra trás, perceberemos que estamos vivendo a mais incrível história de amor de nossas vidas.


No amor não há regras, lugares comuns e muito menos certezas futuras. O que temos são os caminhos percorridos e que só podem ser mensurados com o tempo passado. Só olhando para trás é que podemos ter uma medida do “futuro” e do tamanho da história que vivemos. Por isso minhas amigas, vos digo, distraiam-se e vivam enfim “O Grande Amor”.







Teresa Castro Duque Estrada de Barros
é estudante de Comunicação Social
Facha - 25/09/2009

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