sexta-feira, 28 de agosto de 2009

REAPRENDENDO A OUVIR

REAPRENDENDO A OUVIR

“Ouça uma centena de vezes. Pondere mil vezes. Fale uma vez só”.(Anônimo)
“Não sabendo escutar,também não sabem falar”.(Heráclito de Êfeso – frag.2000 AC)

ESCUTAR é igual receber informações. OUVIR é a arte de prestar atenção com a mente focada na compreensão da mensagem que está sendo transmitida. OUVIR exige manter contato visual, observar a linguagem corporal de quem fala e perceber nas entrelinhas o que está sendo dito.
Os jornalistas são treinados ativamente na arte de ouvir e em seguida contra – argumentar com perguntas inteligentes, enriquecendo o diálogo e as informações.
A melhor forma de estabelecer um relacionamento positivo com os clientes é se mostrar verdadeiramente interessado neles. Quando lhes ganhar a confiança, o resultado será imediato, através do sucesso em sua empreitada, seja lá qual for.
Em negócios ou em idéias, vejo a comunicação como uma partida de pingue-pongue, onde os “players” querem ganhar o próprio ponto. Mas parar para entender as diferenças nos pontos de vista pode transformar “adversários” em verdadeiros parceiros.
As pessoas não conseguem escutar até que tenham sido ouvidas; elas precisam desabafar, falar sobre suas necessidades, vontades, esperanças, sonhos, medos, ANTES que você fale. É como tentar botar mais água num copo cheio. Há que esvaziá-lo.
Na atualidade é grande o número de pessoas que ouvem mas não escutam, vivem mas não existem, falam mas nada dizem.
Pensar que DIALOGAM quando só sabem COM – VERSAR, i.é., versam sobre vários assuntos, mas não sabem ser sujeitos de seus atos, não se incluem no cenário. Nunca erram. Nunca praticam a MAIÊUTICA de Sócrates, que é a arte de parir idéias, que só é possível através do exercício do diálogo.
Desconhecem a realidade das palavras; nem todos arrumam tempo para amadurecer a verdade que às vezes é dura e cruel; nem todos têm coragem para reconhecer o sentido oculto das palavras – o estilo de linguagem irônico, fino, elegante (Millor, Veríssimo); nem todos simplesmente se importam com o que o outro quer lhe dizer.

Caia sete vezes. Levante- se oito. (Provérbio Japonês)

1. Você é um cavalo - ela é louca
3. Você é um cavalo - conspiração
10. Você é um cavalo – compre uma ferradura e agradeça pelo “feedback”

REFLEXÃO:
I - O diálogo passa a existir quando há interesse e espontaneidade dos sujeitos de trocarem a experiência de seus mundos internos, alternadamente.
II - Se nos encontrássemos daqui a três anos, o que precisaria acontecer para que você se sentisse feliz a respeito do seu progresso?

Escrevendo sobre a reflexão de “REAPRENDENDO A OUVIR” assim se expressou a aluna PRISCILLA PEREIRA BATISTA:-

Quem diz que é sábio nunca o é realmente. Saber ouvir é uma arte que não deve ser usada como troféu. Quem fala demais não tem tempo para refletir sôbre suas próprias palavras. Muitas vezes pensamos que ouvimos muito bem, mas esta é uma sensação ilusória. O ato de reflexão requer atenção e dedicação; muitas vezes não damos tanto valor ao que o outro nos diz, acreditando sempre que nosso discurso é mais interessante.

Dizer o que pensamos é reafirmar nossos próprios valores, ouvir é aprender que sua opinião não deve ser imutável. O outro sempre tem muito o que falar, mas o verdadeiro sábio analisará, decodificará, interpretará e aprenderá muito com isso, usando estes novos conhecimentos a seu favor.

Com isto pode-se afirmar que empresas interessadas nas reclamações, pedidos e sugestões de clientes podem crescer muito com esta atitude. Criar uma filosofia, uma política, uma nova formar de encarar as coisas, é, por conseqüência, uma atividade de reaprender a ouvir. A atitude surda demonstra um ato de desmerecimento com seus públicos e uma imaturidade empresarial. Portanto, não é só destampar os ouvidos, mas usar as informações como armas para um novo planejamento estratégico, isto sim é ser sábio.
Escrevendo sobre a reflexão de “O (DES)ENCANTO DO CONSUMIDOR” assim se expressou a aluna PRISCILLA PEREIRA BATISTA:-


O consumidor do século XXI encontra-se muitas vezes perdido nesta selva capitalista, já que suas vontades e seus desejos estão muito além da compra do produto. Para encantar um cliente já não basta mais oferecer sonhos de consumo, pois vivemos sob novo julgamento de valores em que o dinheiro não deve comprar a dignidade e o respeito de ninguém.

Muitas empresas trabalham com sua filosofia pautada apenas no lucro, logo, mesmo que tratem mal seus públicos, havendo lucratividade para eles, nada é reanalisado. Mas, felizmente o jogo está começando a mudar. O que era um encanto tornou-se um desencanto: o consumidor deste novo milênio mudou seus juízos de valores, acreditando mais nos seus direitos enquanto cliente e cidadão, e menos nas promessas falsas de um capitalismo anti-ético.

O público está mais informado e também mais inconformado. Não só estão criticando mas exigindo seus direitos. O consumo existe há várias décadas, porém a visualização dos direitos do consumidor, só veio à tona em somente míseros 17 anos. O cliente consciente obteve uma vitória com o poder normativo, mas estamos muito aquém do ideal, do respeito que as relações de consumo deveriam ter.

Enfim com todas essas reformas legislativas que derivaram do cliente insatisfeito, muitas empresas começaram a mudar a forma de gestão. Novos conceitos e valores foram atribuídos tanto para encaixar-se na letra da lei, mas também porque começou a ter uma péssima demanda. O código de ética finalmente saiu da gaveta e os valores humanos estão aparecendo. Dificilmente, enquanto consumidores, saberemos se a real proposta da empresa é somente o lucro ou se realmente preocupam-se de maneira ética-responsável, porém, de uma maneira ou de outra, todas estão começando a ter que “dançar conforme a música”.

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