quarta-feira, 24 de junho de 2009

A PAUTA NO RADIOJORNALISMO

A PAUTA NO RADIOJORNALISMO

Quando abordamos o assunto “pauta” de forma geral, falamos em “suíte”, que é a seqüência ou a continuidade de uma notícia, que se dão quando um tema for deveras importante. Não confundir essa palavra com o inglesismo “switch”, que é o local onde está o controle de uma unidade de produção, normalmente composta por: - um estúdio, câmaras, telecine, vídeos, geradores de características e sonoplastia. Normalmente ali fica o diretor de TV.
No radio jornalismo o trabalho de pauteiro deve ir além da seleção dos assuntos do dia. Ele deve planejar reportagens exclusivas, tentando fugir do conceito enraizado de que o rádio não cobre o factual, limitando-se a repercutir os jornais.
Suas fontes, além das agências de notícias, podem ser a internet, reclamações de ouvintes, os próprios jornais, fax, relatórios de repórteres, revistas, acompanhando o noticiário de outros veículos, presenciando um fato na rua, etc. Uma iniciativa louvável de todo jornalista é sugerir pautas.
Os assuntos a serem enfocados na programação do dia a dia, o planejamento de reportagens para o dia seguinte, e a “suíte” são definidos em reuniões de pauta.
O texto da pauta tem de ser informativo, sucinto, com “lead/sublead”, pois serve de roteiro para o repórter. Perguntas podem ser feitas, desde que não caiam no óbvio. Qualquer material de apoio deve sempre estar anexado na pauta.
A dinâmica dos fatos sociais pode originar mudanças na pauta ou mesmo a queda desta.
O pauteiro, para ganhar tempo, deve incluir na pauta dados sobre os entrevistados, telefones, localização (endereços), e, se houver mais de um entrevistado, os locais de encontro não devem ser muito distantes um do outro, desde que sejam cobertos pelo mesmo repórter. Se ganha tempo.
Autorizações para que o repórter possa entrar em locais públicos / privados devem ser obtidas com antecedência pelo pauteiro, sem as quais a reportagem pode não se realizar.
Se a entrevista, por alguma razão deixar de ser realizada (“queda de pauta”), avisar imediatamente o entrevistado; não o deixe esperando.
Quando uma empresa fala somente por intermédio de assessores de imprensa, deve-se divulgar uma “nota pé” com a versão da empresa, atribuída à assessoria. Sem qualquer discriminação, as assessorias não são as principais fontes de informação.
Os “releases” podem ser tanto fontes de informação quanto de erros grosseiros, pois possuem fins específicos de divulgação. “Checar” sempre e avaliar o interesse do público.
Não deixar de prever na agenda os fins de semana e feriados, assuntos como lazer, esporte, competições, etc. Ao mesmo tempo em que se deve manter em “stand by” uma equipe para acontecimentos inesperados.
Informações não utilizadas na pauta de hoje podem ser úteis amanhã. Um bom arquivo é fundamental.

Fontes:
· “Aprender Telejornalismo”, de Sebastião Squirra, 2º Ed.
· “Manual de Radio jornalismo”, de Heródoto Barbeiro e Paulo Roberto de Lima, 3º Ed.

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