sexta-feira, 18 de setembro de 2009

E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE

O mundo vê com otimismo a retomada pela consciência preservacionista, mas a "boa vontade" dos países desenvolvidos parece cada vez mais insuficiente e o tempo que nos resta cada vez mais escasso.


É indiscutível que vivemos em tempos em que se faz necessário incorporarmos novos hábitos afim de termos uma melhor qualidade de vida, mas é de suma importância que essa postura seja adotada globalmente. E é percorrendo esse caminho, que as grandes Nações mundiais tentam buscar uma solução para o desequilíbrio ecológico em nosso planeta, decorrente sobretudo do seu próprio desenvolvimento econômico.
Países como o Japão, vivem sérias contradições em traçar uma política que ao mesmo tempo reduza as alarmantes emissões de gases, mas que também fomente seus níveis de desenvolvimento econômico. E disso, ninguém abre mão.
Com o advento do neoliberalismo econômico no século passado, liderado pelos Estados Unidos, construiu-se uma imagem de que só os fortes sobrevivem, e o capitalismo selvagem seria a receita para o crescente desenvolvimento dos países chamados de "primeiro mundo", e também para os que estavam em outro bloco, pleiteando sua vaga no rol das nações ricas e industrializadas. No entanto, a história nos mostrou uma outra faceta: O mesmo crescimento acelerado que enriquece pode ser aquele que flagela.
Foi preciso algumas décadas para que a humanidade percebesse que, antes de conferências ou retóricas de impacto, o mundo urge de ações efetivas no sentido de preservacionismo, e que a mobilização mundial é decisiva para que possa haver resultados realmente expressivos.
Se o Protocolo de Kioto não obteve o êxito em sua totalidade, podemos afirmar que tornou-se um marco, um divisor de águas para que a população mundial pudesse perceber o caráter emergencial em que nosso planeta se encontra, e mais, com isso, alcançar a visibilidade e até mesmo a mudança de mentalidade para abraçar uma causa que até então não era considerada de absoluta prioridade: a sobrevivência nesse planeta.
Planos e metas são prementes, seja em Copenhague, Bombaim ou Rio de Janeiro. Mas o que o mundo realmente espera hoje, é conseguir enxergar em um futuro próximo um planeta habitável. Para isso, mesmo a sabedoria milenar de um país tão devotado como a Índia, ou o frescor ufanista de uma nação como o Brasil não darão conta. A verdade é uma só: os paradoxos devem se renconciliar. E seguir numa mesma direção nesse momento crucial pode significar a vitória, ainda que tardia, ou o definitivo xeque-mate, onde não existirá vencedor.
Marcelo dos Santos
Estudante de Comunicação Social das
Faculdades Integradas Hélio Alonso
Rio de Janeiro,11/09/2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário