quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"GHOST WRITTER"

“GHOST WRITER”


“Ghost-writer” (em inglês: "Escritor-fantasma") é como se chama à pessoa que, tendo escrito uma obra ou texto, não recebe os créditos de autoria, ficando estes com aquele que o contrata ou compra o trabalho.
Profissionalização
Algumas editoras disponibilizam o serviço de autoria oculta, como incentivo para a publicação de novas obras, ou noutras o autor se oferece para dar corpo a um livro, quando percebe que há uma boa história.
O trabalho de redação de livros chega a ser oferecido publicamente, junto ao de revisão, voltado ao público que "não tenha tempo" para escrever um livro em que o "ghostwriter” irá ajudar o autor a redigir uma biografia, autobiografia, romances, livros técnicos, etc.”
Casos
Em alguns lugares, como o Canadá, o serviço de “ghost-writer” é reconhecido e apoiado por entidades como The Writers' Union of Canada
Nos Estados Unidos há uma variação para os escritores de discursos, chamados ali de “speechwriters” (escritores de discursos, numa livre tradução). Dentre estes um dos mais proeminentes foi Ted Sorensen, assessor do Presidente Kennedy, e autor da célebre frase do discurso de posse, onde dizia "Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país". Recentemente, um jovem de 26 anos tornou-se o “speechwriter” do Presidente Barack Obama.
George Lucas serviu-se da redação de Alan Dean Foster para a versão em livro de “Star Wars”.
No Brasil, o Chalaça foi “ghost-writer” de D. Pedro I, e a ex-prostituta Bruna Surfistinha serviu-se da escrita de Jorge Tarquino para a formatação do “best-seller” - "O Doce Veneno do Escorpião - O Diário de uma Garota de Programa".
Na política
O uso de escritores-fantasma por políticos é comum, na escrita de seus discursos. A frase do ghost-writer do ex-presidente brasileiro Juscelino Kubitscheck, Autran Dourado, é famosa no meio: "Eu era apenas a mão que escrevia".
Assessores políticos chegam mesmo a escrever sobre pontos de vista opostos, para adequar os textos aos clientes e seus discursos. É comum, ainda, adequar o texto ao nível de conhecimento e estilo daquele que contrata o escritor fantasma.
Outros
A diferença entre o discurso lido e o de improviso pode gerar discrepância no estilo. Esta falha é apontada, por exemplo, nas falas do Presidente Lula.
Conta-se que um político mineiro, sem efetuar uma pré-leitura do texto feito pelo "fantasma", leu a frase "de Minas, quiçá do Brasil" como "Minas, cuíca do Brasil", gerando constrangimento e pilhéria.
A Winston Churchill é atribuída a crítica a seu adversário, Clement Aplee, dizendo dele que "Era um político tão medíocre que escrevia os próprios discursos".
A ética
Caso recente envolveu uma publicação científica e artigo derivado de pesquisa por uma indústria farmacêutica, nos Estados Unidos. A fim de ter seu trabalho publicado, a indústria tentou contratar uma especialista para redigi-lo, ao que esta recusou a oferta; tendo outro profissional efetuado a redação, sua publicação foi recusada por uma revista médica - e no lugar foi publicado um texto da “expert” que recusara o trabalho, condenando a prática. A indústria defendeu-se, argumentando que era comum a prática de uso da autoria oculta, levantando o questionamento dos limites éticos.
Esta prática de comércio autoral contudo, segundo a pesquisadora Maria Christina Anna Grieger, que apreciou os casos da indústria farmacêutica e de monografias feitas por outrem, "é uma realidade que pode interferir negativamente na formação ética, científica e profissional de graduandos e pós-graduandos, bem como na produção científica, falseando dados e informações da literatura."
No cinema
The Ghost, filme britânico do diretor Roman Polanski, programado para estrear em 2010, conta a história de um “ghost-writer” que, contratado para fazer a auto-biografia do primeiro-ministro, acaba ameaçado de morte.
Budapeste, romance do compositor e escritor Chico Buarque, baseia-se na história de um “ghost-writer”. No enredo, a atividade é uma maldição para o profissional.
Outros termos usuais
Pseudônimo - quando o autor adota um nome fictício para assinar a obra.
Plágio - quando um autor serve-se ilegalmente das idéias de outrem.
Revisão - quando outra pessoa efetua o trabalho de encontrar erros e imprecisões numa obra.

Fonte:
· Wikipédia

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