quarta-feira, 16 de setembro de 2009

JORNALISMO CIENTÍFICO

JORNALISMO CIENTÍFICO
O jornalismo científico diz respeito à divulgação da ciência e tecnologia pelos meios de comunicação de massa, de acordo com os critérios e o sistema de produção jornalístico. Em outras palavras, a expressão jornalismo científico é geralmente designada aos profissionais da informação - repórteres e editores – que trabalham em veículos especializados. Em qualquer livraria ou bancas de jornais, constata-se o grande número de publicações científicas – especializadas – dirigidas ao público-alvo, além das notícias de cunho científico inseridas em jornais impressos de grande circulação e, em páginas e dias previamente selecionados pelas editoras.
Na década passada surgiram revistas como “Globo Ciência” e “Superinteressante”, além de outras mais recentes, com o objetivo de “massificar” a ciência; surgiram também programas de TV como “Globo Ciência” (TV Globo) e “Estação Ciência” da extinta TV Manchete, hoje Rede TV, sendo também freqüentes manchetes e noticiários sobre a ciência e a tecnologia nas programações diárias.
Algumas editorias de jornais gradativamente deram mais espaço para a produção jornalística nas áreas científica e tecnológica. A partir dessa década, jornais de grande repercussão nacional, tais como: O Globo e o Jornal do Brasil – ambos do Estado do Rio de Janeiro, passaram a manter uma página diária de matérias de cunho científico. O Jornal do Commercio – do Estado de Pernambuco – conserva até hoje, uma sessão específica sobre Ciência e Tecnologia; em dias alternados a “Folha de São Paulo” traz meia página de assuntos científicos.
Nos últimos anos, o jornalismo científico brasileiro tem se profissionalizado graças à contribuição das Universidades de pós-graduação. As bases da instituição acadêmica são fundamentais para reflexões mais profundas acerca da prática do jornalismo científico, abrindo espaço para discussões e incentivando a pesquisa científica e a divulgação desta para a população.
Vale ressaltar que a presença do jornalismo científico nas universidades brasileiras, mais especificamente nos cursos de jornalismo ainda é escassa, o que dificulta a formação e profissionalização de comunicadores nessa área. Torna-se imprescindível um “olhar” mais atento e atuante por parte das universidades, no que diz respeito à formação de jornalistas que almejam atuar nestas áreas.
A demanda de profissionais que atuam no campo de jornalismo científico cresceu. “Aos poucos, o jornalismo científico ganhou características próprias e mão-de-obra específica. Com o tempo, formou-se uma geração de profissionais interessada em ciência e disposta a investir sua carreira nessa área”.
Nos meios de comunicação brasileiros existe um gradativo número de informações científicas disponíveis, no entanto a qualidade precisa melhorar; não adianta manter uma página diária de informações sobre ciência, se, por exemplo, o conteúdo não é claro e objetivo para o leitor. Por isso, é fundamental que o jornalismo científico não fique restrito apenas a tradução de conteúdo científico, mas permita uma reflexão e análise mais apurada sobre os fatos que permeiam o cotidiano da ciência.
Atualmente o jornalismo científico é uma categoria jornalística consolidada no cenário mundial. De um sistema de comunicação secular difundido pela simplicidade de trocas de cartas sobre temas de ciência, o jornalismo científico é, hoje, um campo do jornalismo imprescindível para a sociedade contemporânea, movida por uma velocidade sem precedentes quanto à criação de novos inventos e descobertas.
Além disso, a informação científica se configura como uma questão essencial para a geração de conhecimento, por isso, o jornalismo científico pode suprir a carência do desconhecimento e da falta de informação do público quanto aos deslocamentos e conseqüências dos avanços da ciência.

Fonte:
Baseado no texto de Liliane de Andrade Calado – www.bocc.ubi.pt

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