quarta-feira, 16 de setembro de 2009

UM MUNDO SEM MARCAS

XVII. UM MUNDO SEM MARCAS


Todo dia vivemos o que pode ser chamado de “guerra dos símbolos”. Um embate gratuito que ocorre a nossa volta. Diariamente, uma quantidade incontável de marcas nos espera com a expectativa de nos surpreender e, então, trava-se entre elas uma batalha para chamar a nossa atenção e ganhar a nossa simpatia.
Uma marca transmite a energia da empresa, refletindo seu tamanho , sua filosofia e, principalmente, a qualidade do produto. Imaginemos se, por um dia, fizessem sumir de nossa sociedade todas as marcas que conhecemos. Como saberíamos qual será o nosso macarrão favorito, qual a grife que nos veste bem e em qual banco deveremos depositar o nosso dinheiro.
As conseqüências de um mundo sem marcas não seriam só os produtos que se confundiriam como em uma tempestade, sem ordem e ou hirarquia. Perderiam-se o vínculo com os objetos e a vivência que temos com eles. Se no passado as marcas foram criadas com o intuito de identificar o fabricante do produto, hoje, elas estruturam relacionamentos, alavancam qualidades e garantem a segurança de alguns produtos, chancelando a existência deles.
Quanto vale a imagem de uma empresa? Muito se tem debatido sobre o valor da imagem da Coca – Cola, Nike, Microsoft, Nestlé, Sony, Louis Vuitton, Malboro, McDonald’s e Chanel. Tudo isso representa bilhões de dólares. Certamente, vale mais que todos os ativos da empresa. A imagem é composta do nome, logotipo e marca, de um estilo de arquitetura gráfica, de uma combinação coerente com essa imagem e uma linguagem específica que norteia todos os atos e momentos em que a marca atinge o consumidor, o fornecedor, o setor industrial, as autoridades em geral e o sistema financeiro.
A comunicação, para construir uma imagem sólida, deve ser um pacote completo que todos recebem por igual, com os mesmos impactos e mensagens,pois só assim será construída uma imagem de sucesso, uma marca de sucesso.
A marca e o produto devem combinar. Nomes famosos como Aspirina, Melhoral, Leite Moça, Minancora, Leite de Rosas, Maisena, Omo e Bombril, são tão perfeitas que até parecem ter existido antes do produto. Por trás de toda marca valiosa existe um produto ou serviço bem sucedido, que nasceu representando os valores de determinada empresa.
Em vários setores da economia, o índice de mortalidade das marcas é muito alto. O de novas empresas também. Os pontos básicos para a administração de uma marca e para o sucesso podem se resumir à manutenção do posicionamento, à atualização da mensagem e dos meios de comunicação.
É importante ressaltar que pioneirismo e liderança costumam andar juntos. O primeiro a chegar ao mercado tem mais chances de triunfar. Chegam a virar sinônimos de produtos, como Gillette, Danone, Bombril e Confort.
Em um momento em que teóricos e consultores de negócios proclamam o enfraquecimento do poder das marcas e a queda da influência da publicidade, é importante conhecer as estratégias aplicadas por algumas marcas de sucesso que resistem bravamente ao tempo e as crises (acreditem que existem marcas com mais de 100 anos de existência). O fator que tem levado muitas delas a perpetuarem seus negócios com sucesso por muitas décadas é a personalidade da marca, que sofre alterações, mas se mantém fiel as origens.
A “guerra” promete continuar!

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